Correrias

By Carlos Corrêa

Thursday, September 29, 2005

The end

Porto Alegre tem dia e hora pra ficar um pouco menos alegre. Quinta, 17h30. E o Rio tem dia e hora pra ficar um pouco mais alegre. Quinta, 21h30.

Tenho um problema com finais de livros. Só de livros, de filmes não dá nada. Mas os livros eu geralmente acabo achando que falta coisa, que o final tá aberto demais, que acaba de sopetão e por aí vai... Mesmo os livros que gosto, tenho essa implicância. Filme é mais fácil, abre o plano, sobe a música e não tem erro. Nem originalidade, mas enfim. Claro, tem os finais fantásticos, mas não vou citar quais porque odeio quem fica entregando final de filme. Ou de livro. Tudo pra dizer que acabei de ler o Sobrevivente, livro do Chuck Palahniuk (mesmo cara do Clube da Luta) e apareceu a exceção. Não dá pra ficar falando muito da razão, senão entrega o jogo. Mas vale, bem bom.

No site da Ticketmaster, dizia - pelo menos até ontem, porque abri agora ali e não tem mais nada, só o que falta... - que dia 30 começam a ser vendidos os ingressos pro Pearl Jam em Porto Alegre. O mais barato era R$ 90. Se tocarem Black e Better Man, já serão os R$ 90 mais bem investidos do ano.

FÚTIL
[Do lat. futile.]
Adj. 2 g.
1. Frívolo, leviano: "Tudo nelas .... condiz ao modelo da mulher mal-educada, namoradeira, vaidosa, fútil." (Fialho d'Almeida, Pasquinadas, p. 170.)
2. Insignificante, vão: motivo fútil.
S. 2 g.
3. Pessoa fútil: "A Mara é uma fútil, uma desfrutável e uma gastadeira de marca maior!" (Telmo Vergara, Contos da Vida Breve, p. 115.)

Saturday, September 24, 2005

Perdeu, playboy

Expectativa é foda, ainda mais em relação a pessoas. Mas nada capaz de impedir surpresas das melhores. A melhor delas do Rio confirmou isso. Ainda mais linda, mais querida, mais inteligente, mais divertida, mais parceira e com mais mó-sotaque. De quebra, disse uma das melhores frases dos últimos tempos: "Quem não dá assistência, abre concorrência". Onde eu estava nos últimos 28 anos que não ouvi isso?

Tava bom demais pra ser verdade. Líder isolado, time jogando bem, os adversários se dando mal. Aí vem uns merdas e resolvem estragar o campeonato. Só falta mandarem começar tudo de novo. Falando da B agora. Voltando do jogo hoje, pensei sobre meu palpite anterior de que o Grêmio não sobe. Mantenho. Ainda mais se jogar o que jogou hoje.

Calmaria is over e a Marcha Imperial voltou a ser ouvida.

Reza a lenda que a pipoca vermelha estaria por acabar.

Agilidade não é o forte desse blog. Assim, só hoje eu falo da festa de segunda passada, a Iguatemi Invasion, na Taís. Só pra dizer que não é todo dia que se faz uma festa que beira a perfeição. Desde a janta, passando pelas músicas e terminando com Ferris Bueller às 5 da matina.

Monday, September 19, 2005

# 1

Naves extra-terrestres pousaram em Varginha ontem no final da tarde. Um ET saiu e ordenou às pessoas: "Levem-nos ao seu líder". Poucos minutos depois, a nave pousava na Padre Cacique.

Devia ter desconfiado antes. Sábado combinei com a Júlia de ir ao cinema de tarde. Ela queria ver Vôo Noturno, então a gente foi no Cinemark. Sábado, óbvio, bastante gente. Entro no cinema e só então me dou conta que as pessoas olham pra mim com uma cara de "Hummm, que pedófilo", uma vez que a minha prima tem 16 anos. Me senti um Friedman por uns dois segundos. Depois, liguei o foda-se.

You know what? Foda-se a calmaria...

Começo a cada vez mais admirar o meu inconsciente.

Nenhuma dúvida de que a partir de terça, o tempo melhora. Com ou sem sol, Porto Alegre vai ficar melhor.

Friday, September 16, 2005

Scooby Doo, where are you?

Era pra ter escrito antes, mas enfim. Essa semana tive, em termos de realização, o segundo sonho mais reconfortante dos últimos tempos. Escrevo sabendo que vão achar bobagem, menos quem me conhece bastante. Eu disse bastante. Entre imagens desencontradas do sonho, eu abria uma caixa e lá pelas tantas encontrava nela o meu... time de botão! Pra se ter uma idéia da satisfação que eu teria em encontrar eles de novo, vale dizer que eu prometi mais de uma vez pra minha mãe uma "recompensa" de R$ 100, que depois subiu pra R$ 150, se ela achasse. E nada até agora. A única coisa que lembro deles é que quando meu tio Pedro Paulo - e quem me conhece, e nem precisa ser bastante, sabe a importância dele pra mim - faleceu, uma das primeiras coisas que fiz foi guardar o time dele, que aliás, é muito melhor que o meu. O dele eu tenho, o meu, não. A diferença é que ao contrário do resto do pessoal que tinha 20, 30 botões, eu jogava sempre só com os mesmos 10. Com o passar do tempo, eu sabia exatamente como chutar cada lance, a força necessária pra cada chute de acordo com a distância e o botão. Volta e meia botava uma tábua atrás do gol e ficava treinando chute, passe... Bola boa pro nº 9, era meio gol. Sempre brinquei que se botão desse grana, eu era patrocinado pela Nike... Mas eu acordei, o sonho acabou e eles seguem perdidos em algum lugar aqui em casa. Ao menos espero. Em tempo, no melhor sonho de todos eu ficava com a Naomi Watts.

Monday, September 12, 2005

Bandeira branca

Frio é um saco. Quando parece que vai passar, volta. Pior que isso, só escutar as pessoas saudando a volta dele.

Palpites do momento: Inter não ganha o Brasileiro e no final luta pela Libertadores. E o Grêmio não sobe.

In Pulp we trust.

Strokes e Pearl Jam com shows em Porto Alegre confirmados nos sites oficiais. Quem diria...

Impressionante a aceitação do Fruki...

Reina a calmaria.

Thursday, September 08, 2005

Osama

Voltou o terrorismo. Terça-feira, reunião do Conselho do Grêmio, mais um capítulo da lambança ISL. Estamos entrevistando um dos conselheiros que defende um dos envolvidos, quando ele começa a largar "indiretas", que culminam em "É certo que quando acabar isso tudo ele vai processar muita gente, processos contra jornais, contra pessoas físicas...". O engraçado é que o cara fala isso depois de tudo que já foi publicado, na esperança de que agora, na reta final (se bem que isso ainda vai longe) a gente amorcegue a história. Óbvio que no dia seguinte tanto a gente como a ZH cagamos e andamos pro comentário dele e publicamos as histórias.

A mesma terça, mas mais cedo. Eu já tinha lido Febre de Bola, do Nick Hornby, há uns dois anos e já tinha visto o filme de 1999, com o Colin Firth, baseado no livro. Pra quem não sabe, é a história de um professor fanático pelo Arsenal, time de futebol de Londres. Muito fanático, a ponto de comprometer os relacionamentos dele. Logo, ao entrar no cinema terça pra ver a nova adaptação do filme, agora Amor em Jogo, começam algumas perguntas. Mudar o foco da história de futebol para beisebol? Uma adaptação dirigida pelos Farrely, que fizeram Débi & Lóide? Comédia romântica? Sim, muita desconfiança. Mas na real o filme é bem bonitinho. Eles pegaram só a idéia do livro na verdade, não é uma "adaptação para as telas", é como se eles pegassem o mesmo argumento e fizessem uma outra história. Parecida, é bem verdade, mas longe de retratar o livro. Até porque lá o CARA era o protagonista, só ele. No filme, o CASAL é o protagonista - pra ter uma idéia, o nome da Drew Barrymore aparece antes nos créditos. Mas o que conta no final das contas é que o filme é bem engraçadinho.

Certo é Franz Ferdinand no refrão de Auf Achse.

Monday, September 05, 2005

Eles estão fora

Nesse exato momento, toca o hino do Brasil sei lá onde porque a seleção ganhou a Copa América de basquete. Basquete? E daí? Daí que ganhou da Argentina. E ganhar da Argentina sempre vale, seja futebol, seja basquete, seja peteca, seja Super Trunfo. Com eles, vale secar eles no futebol, na economia, no clima... Ver os hermanos de cabeça baixa só olhando os brasileiros fazendo festa, como diz o comercial, "não tem preço". De quebra, no mesmo final de semana que o Brasil tocou 5 no Chile, a Argentina perde pro Paraguai. Que beleza, que beleza, que beleza!!!!

Saldo do final de semana: um "X" em um lugar de Porto Alegre e um "V" em outro. Sexta fui com os guris no tal de Azimute, na Venâncio. Ok, o que a gente tinha na cabeça pra achar que poderia ser bacana ir lá ninguém sabe. Valeu pra ter a certeza que tão cedo não se volta, salvo motivos exepcionais. Metade dos caras que antes usavam camisa xadrez pra dentro das calças e agora se vestem como pseudo-moderninhos estavam lá, assim como metade das patricinhas da cidade. Não tinha como não encher depois de 15 minutos. Na fila do banheiro tinha um cara trovando uma guria e lá pelas tantas ele disse: "Tu é sagitariana? Bah, que legal". Pra completar, depois o carinha que tocava violão fez uma seqüência com Titãs, Alceu Valença, Genival Lacerda e Natiruts. Fomos embora, claro.
Sábado foi a vez de descobrir o tal de Robespierre. Pra começar, tinha a vantagem de ser aniversário da Kika, o que era um bom motivo pra ir lá. Ambiente legal, som legal, lugar legal. Não tem mais muito o que escrever a não ser que esse sim dá vontade de voltar.

Das duas, uma: ou o endereço da Lacuna ou dos MIBs...

Thursday, September 01, 2005

Alive

Pearl Jam vai tocar no Brasil. Em Porto Alegre. Não preciso comentar mais nada, né?

Semana passada, entra minha mãe com cara de choro no quarto...
- Ué, que houve?
- Tem um incêndio. Está destruindo tudo...
- O que? Onde?
- Coimbra, Portugal. Está destruindo tudo, as casas históricas...
Dez segundos de reflexão para não mandar se catar...
- Grandes merda. E eu achando que era coisa importante.
- É a mesma coisa que acontecer um incêndio em Ouro Preto.
- E daí, por mim não ia fazer diferença nenhuma.
Passa uma semana. Ligo a TV e vejo New Orleans debaixo d´água. Não, não chorei, mas em proporção bem menor acho que entendi a semana anterior. Nunca fui em New Orleans, nem perto de lá, nem longe de lá. Mas assim como minha mãe estava triste (?) pelas casas históricas, eu fiquei chateado pelo furacão ter arrasado uma cidade que tem a fama de que em qualquer boteco que se entre, vão ter uns velhinhos tocando jazz. Parecia legal a idéia de conhecer um lugar assim...