Correrias

By Carlos Corrêa

Saturday, July 30, 2005

Do the Evolution

É bom perceber que existem bons diretores, que quase sempre fazem bons filmes, e diretores que mostram em seus filmes que evoluem. Sexta-feira vi O Clã das Adagas Voadoras, do Zhang Yimou, o mesmo cara que já tinha feito o Herói e outros, mas esses outros não vi. No final do ano passado eu tinha visto na internet o trailer do Herói e achado fantástico. Tinha uma cena dos caras lutando sobre a água que me deixou muito pilhado pra ver o filme. Aí em março ele estreou e fui lá, todo empolgadinho... O filme é de fato belíssimo, tem pelo menos umas 3 ou 4 cenas inesquecíveis. Mas não rolou. Não sei se a história, a banalização de alguns efeitos... enfim, não rolou. Aí me disseram que o Clã era melhor. E, óbvio, fiquei desconfiado. Acabei vendo só agora em DVD. E o filme é muito do caralho. MESMO. As cenas de luta são tão emocionantes quanto bonitas, tem mais uma vez umas 3 ou 4 inesquecíveis, a história é melhor - ainda que no fundo seja tudo sobre amor de novo - e o diretor não faz as mesmas coisas que me irritaram no outro. Sabe valorizar as partes certas da história e usa os efeitos quando tem que usar, não só pra mostrar como é. Buenas, quem puder, veja. Vale muito.

Frase da Ju, a dona da festa, ontem lá por umas 5h da manhã, na casa do Duda. "Só mesmo na minha festa para os guris dançaram até axé e Carlito tomar whisky". Contextualize-se que o meu "tomar whisky" é 3 ou 4 goles. Resumão da noite: a festa estava muito boa, a massa da Taís depois estava muito boa, e as disputas no Winning Eleven comigo de zebra idem. Noite boa.

"Se amanhã não for nada disso
Caberá só a mim esquecer"

Thursday, July 28, 2005

Alien

Incrível como sou cagão com doenças, dores e afins. Desde semana passada tava com a maldita dor na barriga. Final de semana passou, mas segunda doeu de novo e, óbvio, encuquei. Marquei o médico pra hoje mas já tava certo que tinha alguma coisa. A tal da endoscopia, quando enfiam literalmente uma câmera goela abaixo, por exemplo, eu estava mais do que certo que ia ter que fazer. Nada. Nada. O cara disse que era um vírus normal que dá no inverno, parece que é gripe e vai pra barriga. Nada de exame, nada de remédio, nada de nada. Vou fazer as pazes com a Trakinas de morango...

O pessoal que distribui filme no Brasil é meio lelé ou tem alguma explicação para em Porto Alegre ter apenas UMA cópia legendada da Fantástica Fábrica de Chocolates?

Ainda não sei como funciona pra colocar fotos aqui, se é que dá. Mas assim que conseguir, vou colocar umas antigonas que estava vendo hoje só pra lançar a seguinte pergunta: com o passar do tempo, do que a gente mais acha graça, dos penteados antigos ou das roupas?

Utilidade pública. Conversando com um jornalista amigo meu de Belo Horizonte, ele passou um site onde pode se encontrar listas telefônicas de vários países. Nem precisa dizer o quanto ajuda em termos jornalísticos... Aí vai: http://www.telelista.com/

Com dois anos de atraso, comecei a ler o comentado O Código Da Vinci. Pelo meu habitual e acelerado ritmo de leitura, em uns 3, 4 meses eu acabo...

Ah, Simpsons é o melhor programa que já houve na TV.

Saturday, July 23, 2005

Le Bien, Le Mal

Três dias de dores de estômago meio fortes e progressivas e ontem me convenci que não seria bobagem ir numa emergência da vida alegando "dor de barriga". Não foi. Era intoxicação alimentar. Sei lá o que posso ter comido que tenha dado isso. Porcarias? Se eu tenho 27 anos, deve fazer uns... humm... 22 pelo menos que eu como porcaria - ok, eu compenso comendo salada pra dedéu. Mais uns dias e eu já faço as pazes com as Trakinas de morango...

Pra variar, tudo tem seu lado bom e o lado ruim. O lado ruim dessa naba de intoxicação é tu ter que trabalhar meio baleado e perder festas e aniversários cheios de salgadinhos. Fora as dores, óbvio. O lado bom é que bem ou mal tu emagrece um pouco e tem a chance de ver um buléu de coisas na TV e no DVD. Só hoje já foi Capitão Sky, Quero Ficar com Polly, Brilho Eterno e se eu não cair no sono, as três horas de Os Bons Companheiros, fora os extras. Ah, esqueci, outro lado ruim: acordar de madrugada pra tomar remédio e demorar de novo pra dormir é um saco.

Surpresas boas são sempre estimulantes...

Thursday, July 21, 2005

Sobre ousadia

O termo pretensioso em tese tende a ser pejorativo na maioria das vezes. Pois ultimamente tenho me dado conta que cada vez mais uso no sentido oposto. E mais uma vez vou me valer de filmes como exemplo. Fui ontem na locadora disposto a pegar Closer pra rever. Era, digamos, necessário. Mas mesmo tendo duas cópias e sendo uma terça-feira de tarde, nenhuma estava lá. Acabei pegando Huckabees, que já tinha visto o trailer na internet e achado interessante. Saiu aqui direto pra locação, sem passar pelos cinemas.
Enfim, o filme é pretensioso. Até mais pretensioso do que bom, porque em alguns momentos é pretensioso demais e podia ser mais curto. Mas curti a pretensão dele. É mais uma comédia independente, e sendo assim, tem liberdade pra ser ousado. E é. Tenta levantar várias questões de cunho filosófico. Se resolve ou não é o de menos, uma vez que se fizer a gente pensar - e acho que faz -, já valeu. Fora que tem ousadia na forma em outros momentos. Muita gente vai olhar, rir e pensar: "Que viagem!". E eu vou concordar. Mas é justamente isso que vale a pena, senão é melhor ficar vendo os filmes baseados em fatos reais do Supercine, onde a mãe tem a filha roubada em um país lá longe e luta para ter ela de volta.
Em tempo, o filme é sobre um cara que procura o auxílio de dois detetives existenciais. Mais não dá pra falar porque estraga. Tem bastante gente conhecida no elenco: Dustin Hoffman, Jude Law, Naomi Watts, Mark Wahlberg...

Ainda tento entender como existe - e existe um monte - gente que adora frio. Não é que suporta, ou gosta, eles ADORAM! Eu acho que devia ter uma lei proibindo a temperatura baixar de 15 graus. No Nordeste parece que ela é obedecida...

Tuesday, July 19, 2005

Again

"Vamos dormir?" despertou um sorriso; "Boa noite, bjo", um fantasma.

Monday, July 18, 2005

Oh happy day...

O bom de estar de folga é ter liberdade total pra fazer o que bem entender com o tempo. Inclusive não fazer nada. Sábado foi quase isso. Acordar tarde, não fazer nada, ver o jogo do Grêmio, cochilar, ver filme, cochilar e enfim dar uma volta - no caso ficar lembrando filmes Sessão da Tarde com o Juliano e a Juliana no Gum e depois festa. Já domingo é o contrário: pouco parar em casa. Churrasco no Bernardo; a tarde jogando videogame - e não perdendo nenhuma pra ele (ok, só houve dois jogos entre nós); sair correndo pra ir no jogo do Inter no Beira-Rio; perder boa parte da voz de tanto comemorar gols, rir e falar bobagens; chegar em casa e ir pro aniversário da Marie no Shamrock. E voltar pra casa com o mesmo sentimento da sexta-feira. Pelo mesmo motivo...

Saturday, July 16, 2005

And so it is...

Existem músicas deprê ou a gente cria ambiente pra escutar elas assim? Depois de escutar com mais atenção inteiro o cd do Damien Rice esses dias, cheguei à conclusão que estava ali um cd ultra deprê. Perto daquilo, o Coldplay soava como um grupo de rapazes alegres, risonhos e otimistas. Achei muito bom o disco, mas devia vir com um aviso pra tirar as Gilettes de perto. Aí hoje tive que rever tudo. Por n razões, algumas bem específicas, estava me sentindo bem feliz no final da tarde. Depois de voltar o Iguatemi-Bourbon Country, fui pro jornal escutando de novo o cd. E não achei nada deprê, mas sim... na falta de uma definição melhor, "querido". E gostei tanto quanto antes do disco. Ainda que não fosse bem ele o motivo por eu estar sorrindo naquele momento...

Depois de muita hesitação, de compra-não-compra-compra-não-compra, fui na Cultura hoje e comprei a terceira temporada dos Simpsons. Só por ser Simpsons já valeria. Mas é nessa temporada que tem dois dos melhores episódios, o do Moe Flamejante e o que o Sr. Burns vende a fábrica pros alemães... "Os alemães, ah, os alemães"...

Friday, July 15, 2005

Cinza

Não fosse a Tamara e esse dia hoje seria daqueles meio inúteis. Dorme-se pouco, acorda-se cedo, vai-se pro estádio fazer matérias e volta-se pra casa. Intervalo pra única coisa que valeu o dia, que foi almoçar com a Tamis e depois conhecer o cusco dela, que parece ser ligado no 220W. Depois foi pro saco a idéia de ver Caiu do Céu porque eu estava caindo de sono. Dormi, fui pro jornal, voltei, vi a final da Libertadores e era isso. Eu avisei, não fosse a Tamis e o dia teria sido dos mais descartáveis...

Ah, parabéns pra Marie que tá de aniversário.

Thursday, July 14, 2005

Fogão Dako

Sexta-feira tem show da Tati Quebra-Barraco em Porto Alegre. Sim, é uma chinelagem. Sim, é muito engraçado. Sim, se eu não tivesse medo de dar rolo no show, eu iria. Se até lá arrumar parceria louca o suficiente, não duvido que eu vá. Nem que seja pra ver como é um baile funk de verdade. Ah pára, deve ser interessante...

Acabei meu ultra-mini-ciclo Woody Allen, iniciado domingo com Annie Hall. Entre ontem de madrugada e hoje de tarde, vi Hannah e Suas Irmãs. E cheguei à conclusão que já tinha visto várias partes do filme. Segue minha convicção de que o melhor dele ainda é Manhattan.

Repito: período de contratações de jogadores é um porre. Milhares de telefonemas pra quase nenhuma certeza. Agora é torcer pra que as fontes tenham dado a informação certa.

Pra compensar o cansaço de hoje, a boa notícia é que troquei com o Fabrício, que cobre o Inter, e eu folgo esse final de semana. Se bem me conheço, vou acabar indo em Inter x Juventude. Ah, perspectiva de - enfim - umas duas semanas de férias em agosto.

A idéia hoje era sair do jornal umas 21h e dar uma passada no Ossip. Saí da redação 0h cansado já pelo dia seguinte. O Grêmio treina só um turno amanhã e é 8h30min. Ao menos a tarde fica livre e se o sono não ganhar, dá pra tentar ver Caiu do Céu.

Prenderam a dona da Daslu e tem gente da oposição - um aí que só tem consoante no nome - acreditando que é armação só pra desviar o foco de Brasília. Claro, se fosse um Zé Mané podia ser preso, mas a dona da loja piruenta...

Wednesday, July 13, 2005

Maçã

Período de contratações em futebol é um dos mais xaropes. Tu tem que ligar pra todo mundo pra tentar descobrir qual jogador o time vai contratar, sabendo que os dirigentes vão negar e que muitas vezes o empresário te passa um nome só pra botar o jogador dele em evidência. Não adianta, tu vai dormir sempre consciente do risco de no outro dia ter sido furado pela concorrência. Claro que quando tu consegue a notícia é o inverso e tudo vale. Mas enfim, tudo isso só pra dizer que segunda-feira tava fazendo minha "ronda de empresários" até que lá pelas tantas falando com um empresário, ele disse que tinha "o centroavante perfeito pro Grêmio". Só ainda não tinha ligado pros caras do clube. De quebra, me pediu o telefone dos diretores gremistas e, pra completar, largou: "Me consegue o telefone que aí se sair o negócio, tem uma parte pra ti também". Aí tu respira, cogita algum palavrão, respira de novo e responde: "Não, eu tendo a informação está bom". Chance pra fazer merda aparece toda hora...


Vi A Queda hoje de tarde. Bem bom. Mostra Hitler como um vilão, mas não como um monstro, o que faz muito mais lógica. Não cai no estereótipo e não tem medo de mostrar momentos ternos, com direito a ele com criancinha no colo e carinho no cachorro. Muito pior no filme é Goebbels. O melhor de tudo é a maneira como é mostrada a insanidade que toma conta do ambiente e o caos do regime nos últimos momentos da II Guerra. Ah, a noção de fidelidade do filme também levanta saudáveis questionamentos. E sim, a atriz que faz a secretária - Alexandra Maria Lara - é bem engraçadinha.


Fui na oculista hoje pra comprar lentes de contato novas. Procedimento padrão: senta na cadeira, tenta ler as letras lá longe... E nada, não só as letras como o próprio quadro ao redor fora de foco. Putz, achei que tinha aumentado o grau pra caramba, o que quase tive certeza quando ela disse "é, pelo visto aumentou um pouco". Até que ela começou o seguinte diálogo:

- Tu mora onde?

- Centro.

- Centro? Que rua?

- Fernando Machado.

- Fernando Machado? E quantos anos tu tem?

- 27.

- 27, Fábio?

- Carlos.

- Carlos? Não é Fábio?

Tinham passado a ficha errada. E meu grau continua o mesmo.

Tuesday, July 12, 2005

Big Bang

Admirável mundo novo. Sim, também completamente desconhecido. Me vendi ao sistema, ou melhor, me emprestei. Depois do bobo e necessário teste abaixo, agora acho que dá pra começar a brincar. Se durar mais de uma semana, é lucro. Já escrevi e deletei frases umas 10x, então agora vai tudo no embalo, em pílulas. Aliás, a fórmula deve ser essa. Ninguém ia ter saco de ler tijolos e tijolos de texto. Já me surpreenderei se alguém acessar o site (ok, primos não contam porque o Bernardo eu sei que vai ler).

# Tese 1: A expectativa é um dos grandes problemas da sociedade moderna. Das outras eu não sei porque não estava lá. Quem me conhece sabe que eu já devo ter falado isso zilhões de vezes. Simples. Geralmente quando se cria muita expectativa em torno de algo, a menos que esse algo seja realmente muito bom, vai ficar abaixo da sua expectativa. Músicas e filmes se prestam para testes bem fáceis sobre o assunto.

# Exemplo mais recente de comprovação da Tese 1: Annie Hall. Filme do Woody Allen ganhador 4 Oscar em 1978, com direito a filme, diretor, atriz e roteiro. Todo mundo sempre falou bem. Muito bem. Já havia visto vários dele e gostado acho que de quase todos. Vários deles gostado muito. Então... grande expectativa. Expectativa de que seria o melhor dele que já vi. Não achei o melhor - ainda prefiro Manhattan - e no fundo fiquei com a impressão que a culpa é menos do filme do que minha. Em tempo, não ter achado o melhor não significa não ter achado muito bom. Pequenas provas concretas:

"My grammy never gave gifts. She was too busy getting raped by Cossacks."

"What's with all these awards? They're always giving out awards. Best Fascist Dictator: Adolf Hitler."

# Saco pra mala. Trabalhando com esporte, é óbvio que eu vou fazer comentários sobre esporte. E óbvio que 99% deles serão de futebol. Hoje, dois.

Do lado azul me chamou a atenção a atitude do cara que ontem entregou o jogo pro Vitória. Estava na cara que todo mundo de tarde iria entrevistar o Domingos e dentro dumas, pressionar o cara. Já cansei de ver jogador nessa situação: 1) sair do vestiário ou fingindo falar no telefone pra não dar entrevista; 2) ser monossilábico nas respostas; 3) entrar no carro e dar duas respostas já com a segunda engatada; 4) dizer que não vai falar nada. Pois hoje o cara atendeu todo mundo na boa, sem pressa, não fugiu da raia, disse que errou mesmo e era isso. Bobagem, mas achei legal a atitude dele.

O outro? Ah sim, tem oferta de Portugal pelo Granja, do Inter. Boa chance pra ver se o Carvalho quer entrar pra história como um bom administrador de empresas ou um presidente de time de futebol.

# Ok, contradição logo no primeiro. Era pra não ser tijolão. Os próximos - se existirem - serão tijolinhos.

Projeto Piloto

Teste. Teste. Alô? Mayday! Mayday!
Sim, por enquanto só testes bobos pra se adaptar ao novo ambiente. Oremos que isso possa ser deletado depois.